Mediante o paradigma das tribos urbanas, sabemos que é uma
divisão da sociedade em clãs, ou a identificação e escolha de se juntar com
quem tem os mesmos princípios. A visão da sociedade e a visão do próprio individuo
que se encontra inserido dessa tribo, são coisas bem distintas.
Tomemos então como foco para essa discussão os Malucos da
Estrada ou malucos da BR que diariamente são confundidos com hippies, jovens
dos anos 60 e 70 que rejeitavam as normas de vestuário e valores da sociedade,
deixavam os cabelos crescerem, desprezava o dinheiro, o trabalho formal, pregação
não a violência, liberdade sexual e liberação das drogas, alem de viverem em
grupo e em local fixo. A forma como cada um se identifica é o importante, esses
cidadãos se consideram malucos da estrada, pessoas que largaram suas casas ou
que nem tinham uma e se propuseram a viver como nômades adotando a filosofia de
que o importante não é o destino, mas sim a jornada, fazendo da vida sua eterna
jornada. Eles desvalorizam o trabalho formal, e são a favor da liberdade sexual
assim como da liberdade de modo geral, sendo esse o foco, a meta.